13 de set. de 2011

Primavera Para a Vida 2011

Não é difícil de perceber que algo estranho, que não é nada bom, está
acontecendo com o nosso Planeta Terra, nossa casa comum.
Rios antes caudalosos estão sofrendo períodos com pouca ou nenhuma água,
estiagens que se prolongam, temporais que quase tudo destroem, o calor
aumenta em uma região, o frio em outra. O clima do planeta está mudando
rapidamente e provocando muitas alterações nos ecossistemas, na natureza
de forma geral, na vida das pessoas.
Por quê?
As causas podem ser muitas. Mas uma já sabemos: é a ação humana que
destrói o meio ambiente, esgota os recursos naturais, polui as águas ou
derruba as matas para manter um modelo de desenvolvimento baseado no
consumo de bens e produtos nem sempre tão indispensáveis à vida humana.
As mudanças no clima afetam e afetarão diretamente a vida das pessoas do
mundo inteiro, sobretudo das populações mais vulneráveis. No Brasil, onde as
desigualdades sociais e econômicas são grandes, muitos grupos humanos
serão atingidos: moradores de beira de rios, da zona rural, das encostas das
cidades, por exemplo. Já estamos vendo isso acontecer quando uma grande
seca ou uma enchente assola uma região. As pessoas mais pobres são as que
mais sofrem ao perder suas casas, pertences, trabalho e até entes queridos.
Famílias camponesas perdem sua produção. Muitas pessoas ficam doentes,
falta remédio e comida. Outras são obrigadas a abandonar suas localidades
em busca de lugares para sobreviver. São as pessoas com menores condições
que têm que enfrentar tudo isso. E nem sempre o Estado socorre rapidamente,
com ações eficazes e com políticas públicas duradouras.
Por esses motivos, os direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais,
sobretudo dessas populações, são diretamente afetados, piorando sua
situação e suas condições de vida já tão precárias.
O que tudo isso tem a ver com a CESE?
Defender a nossa casa, cuidar do nosso planeta tem, então, muito a ver com
direitos humanos. Uma coisa não está desligada da outra. Sem um planeta
saudável, equilibrado do ponto de vista climático, protegido na sua rica
biodiversidade, não é possível viver bem nem ter todos os direitos garantidos.
Assim, para a CESE, abraçar o tema é estar em sintonia profunda com sua
missão para que a Justiça Ambiental seja possível, de forma que os direitos
humanos sejam assegurados.
Como a CESE atua
As populações mais vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas são as
que mais têm realizado iniciativas no campo da Justiça Ambiental. Ações de
defesa do meio ambiente, pensadas e colocadas em prática por muitas
comunidades estão ajudando a amenizar os efeitos negativos das mudanças
climáticas. Defesa de rios e nascentes, armazenamento e uso de água de
chuva, reciclagem de materiais descartados, plantações agroecológicas,
criação de bancos de sementes tradicionais, processos de formação e
capacitação em boas práticas ambientais, articulação para incidência em
políticas públicas; replantio de árvores e recuperação de matas nativas; feiras
agroecológicas são apenas algumas das muitas iniciativas que demonstram o
compromisso e a criatividade dessas comunidades na defesa do nosso
planeta. Muitas dessas ações já estão recuperando áreas degradadas,
melhorando as condições ambientais de muitos lugares e até gerando renda
para muitas famílias. Isso tem resultado num salto na qualidade de vida para
muitas pessoas, recuperando sua dignidade e reforçando direitos que estavam
ameaçados. Nesses lugares, há mais verde, mais água limpa, mais gente feliz.
A CESE vem contribuindo para que tudo isso seja possível.
A CESE apóia essas populações que estão, com sua criatividade e
compromisso, engajadas na defesa do meio ambiente, contribuindo para que
tenhamos um planeta mais saudável, mais bonito e com direitos assegurados.
Elas estão fazendo isso através de pequenos projetos levados adiante por suas
organizações locais e comunitárias, igrejas e comunidades de base,
movimentos regionais e nacionais, associações, redes e tantas outras formas
de mobilização espalhadas pelo país.
Campanha Primavera Para a Vida e você
É possível reverter o quadro que tanto preocupa o mundo todo. A CESE
acredita que muito mais pessoas podem, querem e têm sensibilidade para
fazer alguma coisa a favor do nosso planeta, assim como essas comunidades
estão fazendo. Falta, talvez, uma oportunidade, um incentivo, um chamado
concreto ao compromisso.
A Campanha Primavera Para a Vida da CESE é a oportunidade. O tema deste
ano é Justiça Ambiental.
A primavera, com sua explosão de cores, é um convite à mobilização por uma
causa. E nada mais propício, nessa época do ano, do que nos mobilizarmos a
favor de nosso planeta, para que os direitos sejam respeitados e a vida seja
abundante para esta e para as gerações futuras.
Mudar de hábitos em relação ao consumo; organizar ações de defesa do meio
ambiente na comunidade, na rua, no bairro, na igreja, no ambiente de trabalho;
participar ou apoiar iniciativas já existentes são apenas algumas possibilidades.
Junte-se à CESE nesta Campanha!
Promova uma ação na sua comunidade;
Faça uma doação de recursos à CESE, em qualquer quantia que puder.
Com sua participação e de outras pessoas como você a CESE poderá seguir
apoiando tanta gente que já está ajudando o nosso planeta a permanecer
saudável, um lugar onde se possa viver com dignidade.

Festival Das Flores


Tem sua origem na antiga tradição da Igreja Celta.
Muitos cristãos expressam sua fé em diversos momentos pela glória e beleza das flores. Os festivais das flores ou da primavera são uma tradição Anglicana reconhecida como um de nossos maiores legados culturais e litúrgicos incorporados por diversas religiões. Sua origem enquanto festividade cristã remonta aos mosteiros celtas no princípio do cristianismo britânico, inicialmente associados a primavera e a Páscoa. Hoje estes festivais ocorrem nas mais diversas datas e celebram pela beleza das flores o renascimento da fé em Cristo.
A primavera era celebrada pelas mais diversas culturas e as festividades se referiam a beleza das flores que renasciam após o longo inverno. Com o advento do Cristianismo esta simbologia logo se associou a imagem de Jesus Cristo ressuscitando e vencendo a morte. A Páscoa, que hoje é celebrada na primeira lua cheia após o Equinócio da primavera no hemisfério Norte, rapidamente se difundiu substituindo os diversos rituais de celebração da primavera. Acredita-se que a origem da palavra Easter, Páscoa em Inglês, seja Estre, uma divindade Nórdica da primavera.
Os primeiros monges cristãos em terras britânicas eram de origem Celta e celebravam a Páscoa e primavera com grandes festivais de flores. Ao longo do tempo estes festivais se popularizaram  sendo celebrados nas mais diversas datas, porém, sempre celebrando a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. A tradição espalhou-se pelo mundo junto com a Igreja Anglicana e bem como pela incorporação desta tradição por outras igrejas.
No Brasil o costume de celebrar a vida de Cristo associada ao imaginário da primavera e das flores é principalmente forte no Sul do país onde a demarcação clara das quatro estações reforça a sensação de vida que renasce com o fim do inverno. Este ano a comunidade da Missão São Pedro, da Diocese Anglicana de Curitiba, se prepara para seu primeiro Festival da Primavera, com o tema “Primavera para a Vida”, em colaboração com a Coordenadoria Ecumênica de Serviço, CESE.
Portanto, vamos juntos nos preparar para este evento festivo entre amigos pelo renascimento de um mundo mais justo e fraterno, com a graça de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Marcel Cesar Pereira
Ministro Leigo da Comunidade São Pedro Apóstolo – Curitiba - PR

Festival Primavera Para Vida

Programação do Festival